quarta-feira, 21 de novembro de 2012

DIÁRIO DE UMA TRAÍDA!


Queridos leitores, venho-lhes apresentar um novo texto que sei, alguém se identificará com ele,mas, saiba que é uma obra de ficção,  sintam-se à vontade  para tirar suas próprias conclusões. Qualquer semelhança é mera coincidência!... 

Nosso relacionamento sempre foi bom, transparente, éramos cúmplices, ... Se você me perguntar o que aconteceu, ou o que foi acontecendo aos poucos, eu não sei te responder, pois, até onde me lembro estava tudo muito bem...! Ora, nós tínhamos acabado de fazer uma linda viagem, só nós dois, à Fernando de Noronha!!! Ele estava tão carinhoso, tão fofo comigo, durante o final de semana que passamos lá ele me trazia café da manhã na cama, me acordava com beijinhos, falava o tempo todo o quanto era bom estar ali comigo...
Chegou o dia de virmos embora, pronto, tudo mudou!
Daí eu já não era mais tão importante... passou a ficar distante, me evitava, me respondia com evasivas, monossílabos... Já não parava mais pra me ouvir, me ver... Fui ao salão fazer depilação, pintar e cortar o cabelo, coisas que ele sempre notava e me elogiava com aquelas coisas que nós, mulheres, amamos ouvir, e nada! Ele sequer notou... Telefonemas estranhos, cochichos, silêncios, respostas evasivas, passividade...
Paixão! Era isso! Uma nova paixão estava surgindo entre nós, no nosso meio, para nos dividir, nos separar, acabar com a minha paz, com a minha vida. Sim, depois de tanto tempo descobri que estava sendo traída...
Logo que descobri que estava sendo trocada por uma mulher mais nova, mais dinâmica, atraente, magra, bonita, tive, a princípio, vontade de morrer...  Depois  achei que ele deveria ter suas razões pra tamanha covardia!
Em seguida tive vontade de entender o que tinha feito pra merecer aquilo... Meu deus, pensei, o que esse homem deve ter sofrido em minhas mãos, a ponto de trocar um relacionamento de 15 anos por outro... Senti-me culpada porque cresci aprendendo que em toda separação nunca um só dos dois é culpado, então eu tinha que encontrar a minha culpa! Sabe-se lá se eu estava me preparando pra ser apontada como culpada por alguém, então, trataria logo de planejar a resposta, tinha que achar minha culpa... e a minha defesa, porque nessa hora a gente se sente sozinha... Será que eu tinha sido muito relapsa? pegajosa? mandona? ciumenta?
A minha vida, meu deus, tão boa, tão certinha, acabara sem deixar vestígios, só muita dor, muita mágoa, muita revolta!
Por que as pessoas pensam só em si? Por que o outro é sempre pior que eu? E nessa comiseração irremediável eu vivi por muito tempo...
Resolvi, então, acender uma lanterna lá no fundo do poço onde estava... e vi a saída: Era me amar sem esperar pelo amor de ninguém, sem arraigar a minha felicidade a outra, e a qualquer outra pessoa...
Resolvi superar, sim, você tem que decidir superar... você se acha fraca? Pois saiba que não é! Você se sente culpada? E daí? Todo mundo é culpado ou inocente, até que se prove o contrário! Qual o problema de ter uma parcela de culpa? Qual o problema de você descobrir que é apenas, e tão somente um ser humano e, como tal errar, pecar, falhar...? Foi assim que fiz, recomecei a minha vida, reinventei a minha história, reorganizei as minhas prioridades e descobri que embora o tempo que investi no meu relacionamento tenha sido muito bom, hoje a minha vida é melhor, porque aprendi que quando me amo tudo ao redor fica mais leve, menos sofrido, e consigo até ver com mais clareza o amor e o cuidado de Deus comigo!
O que foi feito dele? Não sei informar, mas, por ser HUMANA, não vou negar que ficaria de peito lavado se ele passasse pelo que me fez passar, mas isso é outra história!