quinta-feira, 2 de agosto de 2012

CULPA, A CORDA DO ENFORCAMENTO...


               Hoje amanheci com um desejo absurdo de me pedir perdão... pelos meus erros de omissão: Escondendo algumas verdades, amenizando as consequências e chamando de "promoção da paz"; pelas vezes que deixei problemas se agravarem por pura covardia e chamando de "medo de fazer alguém sofrer"...
               Pelas palavras não ditas na hora propícia e pelas ditas de maneira errada, na hora errada e à pessoa errada... pelas vezes, que, sentindo no ar o perigo me calei.
               Pelas manias, vícios ocultos, incredulidade, conivência com "errinhos" que considerava inocentes e com o tempo se agravaram; pelos pensamentos maquiavélicos, tortos e, as vezes, cruéis sem contudo ter tido coragem de executá-los ( o lado bom da covardia, ou devo chamar de bom senso?).
               Pelas mentiras ouvidas sem coragem de desmascará-las.
               Por muitas vezes ter fingido um perdão que não existiu, mas que cada vez que se falava sentia uma faca cortando minhas entranhas... era como se varresse o lixo pra debaixo do tapete da minha alma, e ele ficava ali, machucando, entulhando, enquanto eu ensaiava um sorriso...
               Hoje resolvi fazer uma faxina em mim e só me desculpando ( retirando de cima dos meus ombros a culpa sentida) é que conseguiria... resolvi amar sem culpa e sem dor!
               Percebi que não podemos perdoar a nós mesmos, e a ninguém, enquanto vasculharmos os porquês, enquanto quisermos entender a lógica dos atos impensados, explicações, quando nem tudo pode ser explicado, quando a lógica é totalmente relativa...
               Decidi, então, tirar do meu pescoço a corda do enforcamento: parei de tentar convencer ao maior número de pessoas possível a legitimidade dos meus motivos. É como trocar de pele...
               É claro que cometerei outros inúmeros erros, sentirei outras culpas, mas, novamente me perdoarei!
               Perdoei-me a mim, quando me amei o suficiente e me senti amada, para aceitar que sou apenas humana.
               Resolvi ser minha própria amiga, como diz a maravilhosa Martha Medeiros: "Encare-se no espelho e pergunte: quem eu penso que sou? e chore, porque você é fraco, erra, se engana, explode, faz bobagem... aí enxugue as lágrimas e perdoe-se, que é o que os amigos fazem: perdoam!"
               E foi isso que eu fiz!
               Alguma identificação ou semelhança da sua vida com este texto é mera coincidência!
                                                                                                                                       Sandra.

Um comentário:

  1. Sandra,lhe admiro pela maravilhosa pessoa que VOCÊ É!Amo vc como minha irmã, sei que muitas coisas fazem com quer esse amor fique um pouco apagado mais saiba, sempre, sempre amei e amo vc.Pesso que vc me perdoe se algo que fiz de fez sofrer.Ao ler sua postagem as lagrimas me surpreenderam, mais sei que é´por que amo vc muito, e sofro com o nosso distanciamento. Mais sempre que vc precisar de mim estarei bem perto pra te ajuda.ME PERDOE! AMO VOCÊ! Elisamar.

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